Flor
sobre o abismo.
Gente
gritando socorro.
Dor
na pátria civil.
Morte
nas favelas e guetos.
Construção
de gente faminta.
Justiça
implorando água.
Instrução
aos porcos.
Do céu da pátria chove
um pranto abundantemente
vermelho];
Seu Zé no alto do morro
chora
O sangue preto
do filho nos braços.
Miséria. Miséria.
Miséria no chão da pátria.
A fome assola minha gente,
Bocas cheias de dentes
riem ao sol
Riem o sal dos olhos
diante do fantasma da pobreza.
- Onde vais operário?
Teu suor já salgou por demais a terra
Não te demores por onde fores
O vosso enterro é logo já.
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