Corre pelo mundo
como que atrás da bola
Empine sua pipa
sobre o farfalhar violento do vento
Enquanto as biroscas de gude
rompem o triangulo.
Ele roda,
o meu guri roda
Como quem solto pelas cordas
de um pião.
Vai meu guri, vai inerte pela ladeira
Como quem acabara de tocar
a campainha da vizinha
e se escondera para vê-la vociferar.
Ei, menino!
Saia do quintal do Manoel,
Deixe os pés de cana no lugar!
- E uma bola de canhão
feita de mamona atinge o narrador
do andar de cima.
Esconde-esconde, rouba bandeira,
entra o menino na ciranda cirandinha
e tropeça no suco gelado da corda,
vejam como seu cabelo ficou arrepiado!
Como ele pula na amarelinha,
e vence sempre no jogo de cards
Esse é o meu menino
Esguio, miúdo de dar dó,
sorrateiro e valente.
Corre, corre meu guri
que o teu amor de vidro se quebrou
Um novo rebento há de nascer
Em teu berno que estourou.
Em teu berno que estourou.
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