A noite é das putas
E dos poetas,
Em cada bar
Jaz um poeta
Em cada esquina
dorme uma puta
A manhã vem,
A manhã é das Pombas.
Praça da República
Seis horas da manhã
É domingo,
Corpos sem vida na estação.
O banco abriga o mendigo
Que abriga a roupa
Roupa molhada,
- É que lavam a praça
A pomba voa,
Pombas secas
E não molhadas,
Pombas que voam
Agora acordadas.
Dormem as putas,
Sonham os poetas
Voam as pombas.
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